ADAPTADO DE:
RODRIGUES, MARINA; [et al] - Azeite e Saúde.
In: Nutricias. Porto., nº 15. (2012). p.14-18.
No século XX, Keys e
colaboradores publicaram um conjunto de trabalhos decorrentes do “Seven
Countries Study”, tendo evidenciado uma possível associação entre a Alimentação
Mediterrânica e uma menor incidência de doenças crónicas Estes possíveis
benefícios têm sido parcialmente atribuídos ao consumo de azeite virgem pelas
populações do Mediterrâneo como principal fonte de gordura alimentar, que além
de fornecer uma quantidade considerável de ácido oleico, proporciona a ingestão
de compostos bioativos. Os constituintes do azeite têm então diferentes ações
no nosso organismo:
Atividade Antioxidante:
Os
principais componentes que contribuem para os vários benefícios atribuídos ao
azeite (ácido oleico, compostos fenólicos e esqualeno), inibem o stress
oxidativo. Ao contrário dos ácidos gordos polinsaturados, o ácido oleico é
monoinsaturado sendo, por isso, muito menos susceptível à oxidação, explicando-se
assim a sua ação antioxidante, alta estabilidade e o seu importante contributo
para a longa vida de prateleira do azeite.
Atividade
Anti-inflamatória
É
reconhecido que várias doenças como o cancro, DCV, artrites e doenças
neurodegenerativas se associa com a inflamação crónica. A evidência científica atual
sugere que os compostos fenólicos encontrados no azeite virgem possuem uma
capacidade anti-inflamatória considerável, sendo por isso capazes de reduzir o
risco de desenvolvimento de doenças crónicas inflamatórias.
Atividade
Antimicrobiana
Alguns
compostos fenólicos do azeite parecem encerrar propriedades antimicrobianas
que se pensam traduzir na inibição do crescimento de microrganismos, cooperando
no tratamento terapêutico de algumas doenças infecciosas, embora a maioria da
evidência científica existente provenha de estudos realizados in vitro.
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