ADAPTADO DE:
ROMEIRO, Sara; DELGADO, Mayumi - A saúde numa Chávena de Café.
In: Nutricias. Porto., nº 15. (2012). p.20-23.
A diabetes, as doenças cardiovasculares (que são influenciadas pela saúde do fígado e dos rins também) e o exercício influencias negativa e posítivamente, respectivamente, o aparecimento do AVC. Vejam então quais as implicações da cafeína nestas àreas:
Diabetes
Mellitus Tipo 2
Aliás, o consumo moderado de café
tem efeito benéfico na glicémia e na insulinémia em indivíduos com diabetes Mellitus
tipo 2, especiEuropean
Food Safety Authority (EFSA) afirma que estes processos fisiológicos são
consequência de compostos presentes no café, o ácido clorogénico, os quinídeos
e a trigonelina, e da sua capacidade antioxidante. Contudo, estes mecanismos ainda
não estão esclarecidos e devidamente comprovados.
ficamente após as refeições. Estes fenómenos encontram
explicação no aumento da sensibilidade à insulina, na melhoria da função das
células, na diminuição da absorção intestinal da glicose, na libertação em
situações de stress de hormonas, com aumento do metabolismo das gorduras. A
Doenças
Cardiovasculares e os Níveis de Colesterol Sanguíneo
Tem sido observada uma associação
inversa entre o consumo de café e o risco de doenças cardiovasculares. De
facto, o consumo moderado de café pode diminuir o risco de doenças
cardiovasculares, provavelmente devido à acção antioxidante dos quinídeos e ao
aumento das lipoproteínas de alta densidade (HDL). Porém, a cafeína presente no
café influencia a tensão arterial causando um pequeno aumento da mesma, sendo
assim importante alertar os indivíduos com hipertensão arterial.
Quanto ao colesterol sanguíneo, é
sugerido que o café pode aumentar os níveis de colesterol total e colesterol
LDL. Este efeito é particularmente relevante no café que não é filtrado, pois
os componentes associados à subida do colesterol, ficam na bebida. São exemplos
de café não filtrado o café expresso (ou italiano), o tipicamente francês (em
cafeteira de pistão ou embolo) e o café turco.
Doenças
Hepáticas e a Doença Renal
Estudos comprovam que o café pode
reduzir o risco de desenvolver cirrose hepática, em indivíduos com doença
hepática, diminuir o risco de cancro do fígado, e atrasar o desenvolvimento de
fibrose hepática e cirrose alcoólica. Os mecanismos subjacentes estão a ser
investigados, mas a ação anti-inflamatória do café é apontada como efeito
benéfico na fibrose associada à hepatite C.
O café favorece o correto funcionamento
do aparelho urinário. Como tal, pode influenciar positivamente o funcionamento dos
rins, prevenindo o desenvolvimento de pedras na vesicula. O mecanismo
responsável engloba as contrações da vesícula biliar, pela cafeína, que podem
ser benéficas quando não existe outra patologia presente. No entanto, os
efeitos exactos do café na função biliar continuam por confirmar.
Exercício
Físico
Considera-se que a cafeína
melhora o desempenho, o tempo de reacção, e o processamento mental e visual,
pré-requisitos da prática de qualquer modalidade desportiva. Segundo a
Autoridade Antidopagem de Portugal, a cafeína é uma substância ergogénica (que
melhora o rendimento físico) que não é proibida em momentos de competição.
A cafeína pode afectar a resistência
e o desempenho pelo aumento da produção de adrenalina, que estimula a produção
de energia e aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos e coração. A cafeína pode
modular a fadiga, bem como a percepção da dor.
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